DIREITO DE GREVE DOS METALÚRGICOS AMEAÇADO PELO SINDIFER

DIREITO DE GREVE DOS METALÚRGICOS AMEAÇADO PELO SINDIFER
Em uma afronta aos direitos constitucionais dos trabalhadores, o Sindimetal-ES está impedido de estar nas portarias das empresas para que possa exercer o legítimo direito de greve e de diálogo com a categoria.
Os metalúrgicos decidiram por parar as atividades após Sindifer (Sindicato Patronal) negar as reivindicações dos trabalhadores e apresentar uma proposta indecente de 1% de reajuste salarial, além de retirar ou alterar 13 cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho.
Anteriormente, os trabalhadores eram coagidos de fechar portarias em momentos de paralisação. O que já era um absurdo! Mas, agora, o Sindifer foi além por meio de uma decisão judicial.
O desrespeito aos metalúrgicos se tornou ainda maior com esta atitude da Justiça. É o mais completo equívoco utilizar a Justiça para fazer coação as atividades sindicais. Assim, como pode ser entendido, trata-se de uma manobra de desrespeito aos trabalhadores dos megaempresários, utilizando-se do âmbito da Justiça do Trabalho, para evitar os mais diferentes tipos de ações sindicais.
É preciso ressaltar ainda que, o intuito da atividade sindical chamada “piquete” na frente das portarias das empresas pretende convencer, de forma pacífica, os trabalhadores a aderirem aos seus interesses de paralisação. Na frente das portarias, inclusive, são onde acontecem as assembleias que definem os rumos da negociação. É lá também que as propostas patronais são colocadas em votação, efetivamente um espaço utilizado, democraticamente, para o diálogo.
Tal atitude do Sindifer é imoral e inaceitável, mas não é o que vai parar os metalúrgicos de lutarem por mais qualidade de vida, mais respeito e valorização. Nossa luta continua e, cada dia, com mais força, coragem e disposição.