TRABALHADORES QUE CRUZARAM OS BRAÇOS FECHARAM ACORDOS COM REAJUSTES EXPRESSIVOS

Desde que a greve dos metalúrgicos começou as empresas estão sentindo a pressão da união e da mobilização dos trabalhadores.
Para evitar ainda mais prejuízos, todos os dias uma nova empresa procura o Sindimetal-ES para fazer acordos específicos, ignorando a orientação do Sindifer, e apresentado propostas muito melhores que as da bancada patronal.
O resultado da paralisação da categoria tem sido acordos fechados com índices expressivos e o que se percebe é o obvio: os melhores acordos estão sendo fechados com as empresas que estão completamente paradas.
Exemplo é a Rede. Quase 100% dos empregados da Rede aderiram à greve, o que obrigou a empresa a apresentar uma proposta que, dentre outras coisas, garantiu reajuste de mais 40% no cartão alimentação, em relação ao estabelecido na atual Convenção Coletiva de Trabalho.
Outros exemplos são as empresas Marserv e MIP. Após rejeitarem as propostas apresentadas pelas empresas e seguirem firmes na greve, hoje (03), os metalúrgicos conquistaram avanços, dentre eles 100% do INPC.
Ainda tem o caso da Cranfos. Além de conquistarem mais de 30% no cartão alimentação, a luta dos companheiros ainda garantiu um reajuste salarial de 5%, um índice muito superior ao 1% oferecido pelo Sindifer.
Mas, como nem tudo são flores, existem aqueles trabalhadores que não têm a consciência de que para avançar é preciso lutar. Eles preferem pelegar e puxar saco dos patrões. Infelizmente, para esses trabalhadores o resultado é: ficar estagnado. Até agora, as empresas para as quais eles trabalham não demonstraram nenhum interesse em valorizá-los.
A lição que fica é só uma: quem luta avança.