METALÚRGICOS DE TODO O ESPÍRITO SANTO REPROVAM A PROPOSTA ABSURDA DO SINDIFER PARA RENOVAÇÃO DA CCT

Metalúrgicos de todo o Espírito Santo rejeitaram, pela segunda vez, a proposta do Sindifer (Sindicato Patronal) para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

O Sindicato Patronal maquiou a proposta para forjar um avanço que não aconteceu. A única coisa que sofreu alteração em relação à proposta anterior, também rejeitada por unanimidade pelos trabalhadores, foi o formato do pagamento do reajuste, que seria equivalente à inflação do período para todas as cláusulas econômicas, porém dividido em duas vezes, sendo 40% pago em novembro e 60% somente a partir de março do ano que vem. Na nova proposta o pagamento seria de 60% em novembro e 40% em março de 2022.

A outra insatisfação dos metalúrgicos é a falta de ganho real. No Brasil de Jair Bolsonaro, a classe trabalhadora enfrenta sérias dificuldades com as altas nos preços de produtos e serviços e o INPC, neste caso, não recupera as perdas que os trabalhadores tiveram no ano.

O mais absurdo é que enquanto negam o mínimo aos empregados, os empresários capixabas seguem lucrando a custas da mão-de-obra dos metalúrgicos. Segundo o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), o setor da metalurgia no Espírito Santo cresceu 2,4% somente no primeiro trimestre deste ano. Ou seja: dinheiro é o que não falta para os empresários, o que falta é vontade de valorizar seus empregados.

Durante as assembleias, que aconteceram entre os dias 25 e 27 nas portarias de várias empresas, os metalúrgicos construíram uma contraproposta que será levada pelo Sindimetal-ES para a mesa de negociação com a bancada patronal. Os trabalhadores também autorizaram o Sindicato a publicar o edital de greve, o que pode gerar, nos próximos dias, a paralisação de todas as atividades.