EMPRESÁRIOS GANANCIOSOS NÃO CEDEM E METALÚRGICOS MANTÊM GREVE

Os metalúrgicos do Espírito Santo entram no segundo dia de greve, sem que os patrões reconheçam o valor dos trabalhadores, que pedem um reajuste digno do salário, melhoria na carteira de benefícios e um plano de saúde justo. Nesta quarta-feira (10) está agendada uma mediação com o Sindifer (Sindicato Patronal) na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), às 9 horas, para tratar do movimento paredista.
A paralisação por tempo indeterminado foi iniciada nesta segunda-feira (8), após intensas negociações com os empresários, que insistem em não dividir parte dos altos lucros com quem realmente está na produção: os metalúrgicos.
A situação dos empresários contrasta com a dos trabalhadores que sofrem com preços nas alturas em um governo nefasto e perdido em sua política econômica. Na manhã desta terça-feira (9) o presidente Max Célio de Carvalho reafirmou a importância do movimento, visto que, as conquistas dos metalúrgicos no transcorrer dos anos – como reajustes de salários, cartão alimentação e plano de saúde – somente aconteceram depois de muitas lutas.
Estão em greve os metalúrgicos de todo o Estado que atuam na indústria e seguem a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), negociada com o Sindifer, o Sindicato Patronal. Dirigentes da CUT/ES e do Sindilimpe/ES também manifestaram apoio e se juntaram aos metalúrgicos nesta manhã de hoje.
A decisão de cruzar os braços veio depois assembleia organizada pelo Sindimetal-ES na quinta-feira (4), quando os companheiros rejeitaram a proposta do Sindifer, que não atende às necessidades dos companheiros, muito deles, chefes de família.