SINDICATO CIDADÃO E UNIÃO DE ENTIDADES SÃO METAS

“Temos que ser um sindicato cidadão, que abraça toda a sociedade, avançar na representação em defesa dos negros, mulheres, jovens comunidades LGBTQIA+, pessoas com deficiência, indígenas e trabalhadores de forma geral”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, durante o segundo dia do 9º Congresso dos metalúrgicos do Espírito Santo, realizado neste sábado (30).
Paulão foi enfático ao dizer que os sindicatos devem atuar para além das bases. “Casos de racismo ou homofobia, por exemplo, precisam ser denunciados, não podemos ser cúmplices da barbárie que está acontecendo. Também combater para valer a exploração da classe trabalhadora”, afirmou.
“É preciso ter espaços de organização dentro das empresas, ouvir os trabalhadores, somente quem está dentro da fábrica sabe a dor que sente. O sindicato precisa se tornar um ambiente de acolhimento. Dar esperanças a quem estiver desempregado”, afirmou o diretor da CNM/CUT, Loricardo Oliveira. Para ele, as entidades sindicais têm que ter liberdade e autonomia e estarem atentas aos anseios dos trabalhadores dentro das empresas.
Em um cenário de ataques do governo Bolsonaro e da classe empresarial aos direitos dos trabalhadores, a presidenta da CUT-ES, Clemildes Cortes, destacou que a Central se mantém a postos para unir forças com os sindicatos, como o Sindimetal-ES, para impedir novos retrocessos trabalhistas e sociais. “É preciso se organizar nos coletivos. É um desafio diário”, completou. A representatividade dos trabalhadores também foi assunto discutido no segundo dia de Congresso. “BBB, bancada da bíblia, do boi e da bala, precisamos renovar nossas forças para melhor representação”, afirmou Clemildes, a primeira mulher eleita para presidir a entidade.
Logo após, os congressistas se reuniram em grupos para a elaboração do plano de lutas da categoria para os próximos anos.