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SINDIMETAL-ES REFORÇA MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DOS METALÚRGICOS IMPACTADOS PELA BARRAGEM DA SAMARCO

A luta em defesa dos metalúrgicos impactados pelo rompimento da Barragem da Samarco, em Mariana (MG), ocorrido em 5 de novembro de 2015, não vai parar! O Sindimetal-ES realizou reunião com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), representantes de parlamentares e movimentos sociais para continuar pressionando pela inclusão dos trabalhadores no processo de reparação, mesmo após a repactuação do acordo entre as empresas e os municípios.

O encontro aconteceu na tarde desta segunda-feira (17), na sede do Sindimetal-ES, com a participação de representantes do MAB, do Sindimetal-ES, dos mandatos dos deputados estadual João Coser, Iriny Lopes e Camila Valadão, da deputada federal Jack Rocha (Comissão de Direitos Humanos), além de representantes do Sindaema, Federação da Associação de Pescadores e demais da Assembleia Legislativa.

A reunião discutiu estratégias de mobilização e pressão contra a Samarco, Vale e a BHP, que seguem se negando a reconhecer os empregados da Samarco como vítimas da tragédia. A insatisfação com o acordo é grande. As indenizações foram abaixo do esperado, e muitas pessoas, incluindo trabalhadores e comunidades, ficaram de fora.

Uma das ações definidas foi a elaboração de propostas para modulação do acordo, a ser entregue no próximo dia 28, para o Governo Federal, quando a Caravana Ministerial estará no Espírito Santo. O acordo foi construído e assinado sem a participação da sociedade organizada e por isso tem vários problemas e equívocos. O objetivo agora é mostrar para o Governo quais são esses problemas, como a não inclusão dos metalúrgicos como atingidos, e tentar reverter.

“Na repactuação, uma estrutura de Estado foi montada para proteger as empresas Vale, BHP e Samarco. As empresas fazem a narrativa de que, devido à assinatura do acordo, está tudo resolvido. Mas, ainda é preciso incluir os metalúrgicos. O sindicato seguirá com toda a estrutura e esforços para defender os direitos dos companheiros”, destacou o presidente do Sindimetal, Max Célio Carvalho.

Há anos, o Sindimetal-ES trava uma batalha incansável para que os empregados da Samarco sejam reconhecidos como atingidos pela tragédia. Eles sofreram graves prejuízos: demissões em massa, redução salarial, perda da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e traumas psicológicos que persistem até hoje.

Os trabalhadores da Samarco são vítimas invisíveis dessa calamidade. Além das perdas financeiras, muitos enfrentaram dificuldades para retornar ao mercado de trabalho e ainda carregam o peso emocional e econômico que afeta suas vidas e de suas famílias.

O rompimento da barragem, que deixou 19 mortos e foi o maior desastre ambiental do Brasil, liberou 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos – volume suficiente para encher 15,6 mil piscinas olímpicas. A lama percorreu 663 quilômetros pela Bacia do Rio Doce até chegar ao mar no Espírito Santo, causando impactos ambientais e sociais em dezenas de municípios de Minas Gerais e do ES.

O Sindimetal-ES reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos dos trabalhadores e continuará dialogando com movimentos como o MAB para construir uma ação coletiva em busca de justiça e reparação. Juntos, seguimos firmes na luta por reconhecimento e melhores condições de indenização para todos os atingidos.

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