VITÓRIA! TERCEIRIZADOS DA JURONG CONQUISTAM 10% DE REAJUSTE NO SALÁRIO E MAIS DE 20% NO TÍQUETE
Quem luta sempre alcança. É com essa certeza que os metalúrgicos que atuam nas prestadoras de serviços do Estaleiro Jurong Aracruz comemoram o fechamento da negociação salarial 2022/2023.
A vitória se deu após os companheiros ameaçarem cruzar os braços com aprovação do edital de greve, ocorrida na última segunda-feira. Sabendo do histórico de luta dos metalúrgicos, as empresas se colocaram em alerta, temendo possíveis prejuízos.
Ainda assim, os trabalhadores reprovaram a primeira proposta de antecipação da negociação apresentada pelos patrões nesta quinta-feira (27) e seguiram mobilizados.
Diante da disposição e coragem dos companheiros, os empresários cederam e apresentaram uma proposta que estabelece, entre outras coisas, mais e 20% de reajuste no valor do cartão-alimentação, que passa de R$ 490,00 para R$ 600,00. Os trabalhadores também conquistaram 10% de reajuste salarial, cesta natalina e a manutenção das demais cláusulas da CCT.
No caso de a Convenção Coletiva ser fechada com índices superiores ao acordado prevalece o estabelecido na convenção.
O Sindimetal-ES parabeniza os companheiros que prestam serviços na Jurong e alerta aos demais metalúrgicos que seguem em negociação que essa vitória somente foi possível devido à disposição dos trabalhadores para lutar por seus direitos.
“Mesmo com uma baixa no número de trabalhadores, que saíram do Estaleiro após a entrega da P71, os companheiros que permaneceram demostraram disposição para fazer a luta pelo reconhecimento da sua mão de obra, o que foi fundamental para que os empresários que prestam serviços no EJA apresentassem a proposta. Isso é mais uma demonstração de que é possível sim as empresas que prestam serviços em um mesmo complexo concederem benefícios iguais. Se a contratante é a mesma, por que os contratados, que fazem a mesma atividade, têm que receber salários e benefícios diferentes? Ou seja, está claro que todas as empresas têm condições de fazer negociação no mesmo patamar. E é isso que vamos exigir das empresas que estão atuando nos outros complexos, como Vale, ArcelorMittal e Samarco”, advertiu o diretor do Sindimetal-ES, Roberto Pereira.